A época mais vantajosa para o comércio chegou. As festas de final de ano movimentam a economia e formam o cenário ideal para que os pequenos empresários se destaquem. Por isso, é importante aproveitar o momento e não deixar de apostar na venda de artigos específicos para Natal e Ano Novo. De acordo  com  estimativa baseada em pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais, aproximadamente 107,6 milhões de consumidores brasileiros devem presentear alguém neste Natal. Se as expectativas se confirmarem, o volume de consumidores nas lojas em 2016 será parecido com o do ano passado, quando estima-se que 109,3 milhões de pessoas realizaram ao menos uma compra. 

Segundo Paulo Kruse, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) de Porto Alegre, apostar no tratamento mais pessoal é uma das formas de se destacar no mercado, principalmente em épocas de grande fluxo, como o final de ano.  Nesse sentido, os pequenos e médios negócios saem na frente: as grandes lojas tem um movimento mais intenso, o que gera algumas dificuldades de atendimento. Já os pequenos lojistas podem fazer uma abordagem diferenciada. “Quem conseguir manter um bom atendimento vai ter um retorno maior. Além disso, é preciso expor bem seus produtos, ter uma boa vitrine, oferecer qualidade e bom preço”, afirma Kruse. 

Em termos percentuais, 72,2% dos consumidores brasileiros pretendem comprar presentes para terceiros no Natal deste ano. Apenas 7,4% das pessoas consultadas disseram que não vão presentear ninguém, enquanto 20,4% ainda não se decidiu. Para atrair esse público é preciso estar atento à toda experiência da compra. “Se o empresário conseguir estabelecer uma relação diferenciada do consumidor com a loja muito provavelmente ele irá cativar os clientes”, aconselha Kruse.

Tratar o cliente pelo nome e ser simpático sem ser inconveniente são pequenas dicas que fazem a diferença, mesmo que naquele momento o cliente não compre algum produto. “Nesses momentos de maior fluxo, os lojistas se preocupam muito com o faturamento momentâneo, mas os negócios não vivem desses picos de demanda. As empresas vivem de faturamento permanente”, explica o presidente do Sindilojas Porto Alegre.

Apesar do número elevado de compradores, o gasto médio por presente deve cair. De acordo com as estimativas do SPC Brasil e da CNDL, em 2016 o brasileiro vai desembolsar em média R$ 109,81 com cada presente adquirido, o que representa uma queda real de 5,34% na comparação com o ano passado. Mesmo assim a dica de Kruse é apostar nas vendas de  Natal, principalmente em produtos que já vinham tendo uma boa aceitação ou que são característicos dessa época do ano, como roupas de cores específicas e enfeites para casa.

“É importante que o lojista esteja atento às demandas e ao que outros empresários estão fazendo para oferecer os produtos adequados. O que não é indicado é se isolar”, frisa Kruse. Os consumidores das classes C e as mulheres devem gastar ainda menos do que a média: R$ 101,42 e R$ 84,65, respectivamente. Ainda assim, de acordo com o presidente do Sindilojas Poa, as tendências de queda não devem atingir todos os setores do comércio.

Fonte: MSN / POA